Meu coração quando sofre, sangra, arde, tenho mania de exageros, de dores daquelas que secam as lágrimas. Meus amores são intensos, me entrego fácil, me apego mais fácil ainda, pra mim difícil é o fim, a solidão, o ter que dar adeus, sou mais do tipo que prefere prolongar aquele fim de sonho, do que aceitar que não tem mais jeito. Eu sou fissurada por amor, por isso eu me canso, me mato, me parto sempre em migalhas e continuo acreditando, desejando, me entregando.
Eu sei, eu brinco mais do que deveria. Sou igual criança que chora quando ouve “não”, e eu choro demais. Bem, amor pra mim tem que ser daqueles que a gente toca, que toma seu espaço na cama, que tem defeitos, que tem a boca manchada da cor do seu batom, amor pra mim tem que ser real.
Eu corro atrás, é tenho uma cara de pau que me envergonha, falo o que quero, o que dá na telha, o que sinto, depois, bem depois nada melhor que a cama quente, colo de mamãe e o ouvido das amigas. Mesmo assim eu continuo sendo intensa, como só quem ama sabe ser, e eu amo, amo muito, amor daqueles sem dono.
Sou uma sonhadora incurável, às vezes me pergunto em que parte eu esqueci que deveria ter crescido. Eu abraço pra demonstrar que me importo, beijo porque tenho desejo, pego na mão pra dizer que você tem com quem contar, olho nos olhos como sinal de confiança, agora se eu sorrir pra você sem motivo então tem um pedaço enorme de você que já não sai de mim. Do que eu preciso é de alguém que tenha uma reserva de energia pra aguentar a louca que sou.