quinta-feira, 29 de abril de 2010

Sou do tipo que só o amor entende.





Meu coração quando sofre, sangra, arde, tenho mania de exageros, de dores daquelas que secam as lágrimas. Meus amores são intensos, me entrego fácil, me apego mais fácil ainda, pra mim difícil é o fim, a solidão, o ter que dar adeus, sou mais do tipo que prefere prolongar aquele fim de sonho, do que aceitar que não tem mais jeito. Eu sou fissurada por amor, por isso eu me canso, me mato, me parto sempre em migalhas e continuo acreditando, desejando, me entregando.

Eu sei, eu brinco mais do que deveria. Sou igual criança que chora quando ouve “não”, e eu choro demais. Bem, amor pra mim tem que ser daqueles que a gente toca, que toma seu espaço na cama, que tem defeitos, que tem a boca manchada da cor do seu batom, amor pra mim tem que ser real.

Eu corro atrás, é tenho uma cara de pau que me envergonha, falo o que quero, o que dá na telha, o que sinto, depois, bem depois nada melhor que a cama quente, colo de mamãe e o ouvido das amigas. Mesmo assim eu continuo sendo intensa, como só quem ama sabe ser, e eu amo, amo muito, amor daqueles sem dono.

Sou uma sonhadora incurável, às vezes me pergunto em que parte eu esqueci que deveria ter crescido. Eu abraço pra demonstrar que me importo, beijo porque tenho desejo, pego na mão pra dizer que você tem com quem contar, olho nos olhos como sinal de confiança, agora se eu sorrir pra você sem motivo então tem um pedaço enorme de você que já não sai de mim. Do que eu preciso é de alguém que tenha uma reserva de energia pra aguentar a louca que sou.

segunda-feira, 19 de abril de 2010






Bem eu sou uma mistura de coisas, mas não das coisas mornas, dos meios termos, eu odeio o “ficar em cima do muro”, ou me entrego, mergulho de cabeça ou pra mim nem vale a pena começar. Eu sou toda feita de extremos. Tenho uma compreensão que não me cabe, uma reserva de segundas chances. Tenho uma facilidade estranha de esquecer os erros, dos outros, os meus eu guardo e chamo presente sempre que o silêncio entre eu e o travesseiro prevalece. Tenho uma mania chata de não aceitar não como resposta, sou do tipo confusa que sabe o que quer. Sou obcecada por verdades, desconfio dos que nunca sofrem, nunca se irritam e principalmente dos que nunca amam. Sou apaixonada pelos pequenos gestos, pelas pessoas que demonstram o que sentem, pelos que admitem que erraram. Bonito pra mim é quem se supera todo dia, quem segue em frente, quem arrisca de novo e de novo. Conversas fúteis me cansam, pessoas previsíveis não me atraem, mentiras me entristecem. Odeio quem ofusca meu sorriso com palavras pessimistas, quem não aceita que o outro possa ser feliz sem que ele também seja, quem acha que com sentimentos se brinca, quem não me acrescenta nada. Tenho uma força que ninguém tira e uma coragem que nunca me abandona, sou capaz de morrer de tanto chorar em um dia e no outro rir escandalosamente, porque foi vivendo que descobri que recomeçar é a melhor maneira de viver bem.


“Coragem de ser melhor, de ajustar os tons, de se fazer conforme os próprios sonhos...”
Fernanda Mello